sábado, 5 de abril de 2008

O Conto dos Três Irmãos



Esse é O Conto Dos Três Irmãos. Ele foi extraio do livro Harry Potter e as Relíquias da Morte e sofreu algumas modificações para que se tornasse mais fluente, como um conto mesmo, já que no livro essa historia é contada pelo pai de Luna Lovegood, Xenofilio Lovegood e há varias interrupções e comentarioas dos personagens, etc. Talvez haja também uma diferença da versão brasileira do livro, já que foi traduzida do original em inglês. No enredo do livro, a historia é atribuída a Beddle, o Bardo, e faz parte do livro de contos para crianças "Beddle, o Bardo", que foi publicado pela autora J. K. Rowling em apenas sete volumes feitos a mão dos quais seis foram dados pela autora para pessoas que foram importantes na criação dos livros de Harry Potter, e apenas um foi leiloado.
Boa leitura...


Era uma vez três irmãos que viajavam por uma estrada solitária, sob uma ventania, no crepúsculo. Em pouco tempo, os irmãos alcançaram um rio muito profundo para atravessar a pé e muito perigoso para atravessar a nado. No entanto, esses irmãos foram ensinados nas artes mágicas, então eles simplesmente ondularam suas varinhas a fizeram aparecer uma ponte sobre a água ameaçadora. Eles estavam na metade da travessia quando encontraram o caminho bloqueado por uma figura encapuzada. E a Morte falou com eles. Ela estava com raiva por ter sido desafiada por suas três novas vítimas, os viajantes geralmente se afogavam no rio. Mas a Morte era engenhosa. Ela fingiu congratular os três irmãos por sua mágica, e disse que cada um havia ganhado um prêmio por ter sido esperto a ponto de escapar dela.Então, o irmão mais velho, que era um homem guerreiro, pediu uma varinha mais poderosa que qualquer outra que já tivesse existido: uma varinha que sempre ganhasse duelos para seu dono, a varinha que honrasse um bruxo que havia derrotado a Morte! Então a Morte se dirigiu até um sabugueiro nas encostas do rio, fabricou uma varinha de um galho que lá estava pendurado e a entregou ao irmão mais velho.Então o segundo irmão, que era um homem arrogante, decidiu que iria humilhar a Morte ainda mais, e pediu o poder de trazer as pessoas de volta da Morte. Então a Morte pegou uma pedra da margem do rio e entregou ao segundo irmão, e disse a ele que aquela pedra teria o poder de trazer de volta os mortos. E então a morte perguntou ao terceiro e mais jovem dos irmãos o que ele desejava. Então o irmão mais novo, que era o mais despretensioso dos três e não acreditava na Morte, pediu algo que o fizesse sair daquele lugar sem que fosse seguido pela Morte. E a Morte, contrariada, entregou-lhe sua própria Capa da Invisibilidade.
Então a Morte deu um passo para o lado e permitiu que os três irmãos continuassem seu caminho, e assim eles o fizeram, falando com orgulho da aventura que haviam tido, e admirando os presentes da Morte.No trajeto os irmãos de separaram, cada um para seu próprio destino.
O primeiro irmão viajou por uma semana ou mais e, alcançando uma vila distante, deu de cara com um bruxo com quem ele havia tido uma briga. Naturalmente, com a Varinhas das Varinhas como sua arma, ele não falharia em vencer o torneio que procurava. Abandonando seu inimigo morto no chão, o irmão mais velho prosseguiu até uma estalagem, onde ele bradou alto sobre a poderosa varinha da qual ele havia se apoderado diretamente da Morte e como ela o fazia invencível.
Naquela mesma noite, um outro bruxo rastejou até o irmão mais velho enquanto ele dormia, embriagado de vinho. O ladrão pegou a varinha e, por precaução, cortou a garganta do irmão mais velho.
Então a Morte pegou o irmão mais velho para si. Enquanto isso, o segundo irmão viajava para sua casa, onde vivia sozinho. Ele puxou a pedra que tinha o poder de trazer de volta os mortos e apertou ela três vezes em sua mão. Para sua surpresa e deleite, a figura da garota com a qual um dia ele havia sonhado em se casar, antes da sua morte prematura, apareceu de uma vez só em sua frente. Ainda que ela estava triste e fria, separada dele como por um véu. Ainda que ela houvesse retornado para o mundo dos mortais ela não pertencia realmente a ele e sofria. Finalmente o segundo irmão, tendo sido levado à loucura por um anseio sem esperança, suicidou-se para se juntar verdadeiramente a ela.
Então a morte pegou o segundo irmão para si. Mas, ainda que a morte houvesse procurado pelo terceiro irmão por muitos anos, nunca foi capaz de encontrá-lo. Foi somente quando atingiu uma idade avançada que o irmão mais novo finalmente despiu a Capa da Invisibilidade e a deu para seu filho. E então, ele confraternizou com a morte como um velho amigo e foi com ela feliz e, igualmente, eles partiram desta vida.
Beddle, o Bardo

Segunda foto oficial do filme Harry Potter e o enigma do Príncipe


Essa é a segunda foto oficial de Harry Potter e o Enigma do Príncipe, o sexto filme da série.
Continuamos aguardando por novas...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Foto oficial do filme Harry Potter e o enigma do Príncipe

Essa é a primeira foto oficial do filme Harry Potter e o enigma do Príncipe. Por enquanto é esperar por mais...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Vídeo Harry Potter e o Enigma do Príncipe


Esse vídeo é o sneak-peek do DVD americano da Ordem da Fénix e foi legendado pelo Oclumência em parceria com o Radcliffe.com.br .

Como o vídeo mostra o quadribol vai fazer parte do filme Enigma do Príncipe com o Rony entrando na posição de goleiro, coisa que, nos livros, aconteceu na Ordem da Fénix.


"Antes tarde do que nunca."


Para quem não sabe (e não se importa de saber) o Rony também vai arranjar uma namorada (para ira de Hermione).


Pelo jeito esse vai ser um ótimo filme para os fãs do Rony (e do Rupert)!

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

A magia nunca esteve tão em alta.

Desde que Harry Potter e O Senhor dos Anéis chegaram ao cinema para abrir as portas e dizer “isso dá dinheiro” uma enxurrada de livros de fantasia vem virando filme nos últimos tempos:
Stardust, A Bússola de Ouro, Eragon, As Crônicas de Nárnia, Os Seis Signos da Luz, Ponte para Terabítia.
E a lista não acaba ai não. Estão previstos para serem os próximos a terem sua versão cinematográfica os livros Hobbit e Coraline. Sem contar com as continuações de Harry Potter, As Crônicas de Nárnia, Eragon (Eldest), A Bússola de Ouro (A Faca Sutil), ufa...
Esta acontecendo com os livros de ficção fantástica algo semelhante com o que ocorreu com os quadrinhos. Até hoje se vê reflexos do que X-Mem e Homem-Aranha fizeram com o cinema.
Tudo isso esta deslumbrando todo fã de uma boa aventura fantástica, mas não é com bons olhos que todo mundo vê isso. Alguns críticos vêm falando e “excesso de universos paralelos” e “crianças demais salvando o mundo”.
Tudo isso que esta se falando é intriga de quem não “teve infância” ou não tem capacidade suficiente de fantasiar e sair do seu precioso mundinho onde nada de “anormal” acontece.
Esses “críticos” têm que ampliar seu campo de visão e perceber que a maior parte desses livros foram escritos para crianças e é natural que os protagonistas tenham a idade do publico a qual é destinado essas obras.
Outro ponto, talvez não muito importante, mais digno de nota, é que esses livros foram escritos na década de 90 e não surgiram para “virar” filme. É mais ou menos como uma escola literária: os autores tratam de temas essencialmente comuns (neste caso a magia). Talvez estejamos vendo o surgimento de mais um movimento literário (talvez, também, eu esteja exagerando). Mas, de todo modo, a literatura fantástica esta cada vez mais presente no nosso dia-a-dia.
É só olhar ao redor...

sábado, 19 de janeiro de 2008

O Hobbit será produzido por Peter Jackson


O diretor Peter Jackson, diretor da trilogia “O Senhor dos Anéis”, que vinha tendo diferenças com a New Line Cinema devido a problemas com a divisão dos lucros de "A Sociedade do Anel", de 2001, finalmente fechou acordo com a New Line para produzir o tão aguardado filme “O Hobbit”.

Ainda não se sabe quem será o diretor do filme, já que Jackson recusou a tarefa em novembro de 2006, mas Sam Raimi ("Homem-Aranha") é o nome mais cogitado para essa tarefa.

O filme vai ser dividido em duas partes, que serão filmadas simultaneamente, assim como em “O Senhor dos Anéis”. A primeira parte tem estréia prevista em 2010, e a segunda um ano depois.

O Hobbit é o prelúdio da obra O Senhor dos Anéis, e conta a historia de Bilbo Bolseiro, um hobbit aventureiro em uma emocionante jornada em companhia de anões muito divertidos em busca de um tesouro mítico que foi roubado por um poderoso dragão. Personagens já conhecidos, como o mago Gandalf e o protagonista Bilbo, tio de Frodo a quem deu o Um Anel, aparecerão neta obra fantástica.

A obra de Tolkien já havia virado quadrinho nas mãos de Charles Dixon e David Wenzel, e publicado no Brasil pela editora Devir.

Os Deuses Nórdicos

No começo, conta a lenda nórdica, havia somente fogo e gelo. Lentamente essas duas forças criaram dois seres: Ymir, o gigante, e Audhumla, a vaca. Audhumla sobreviveu lambendo o gelo salgado, ao passo que Ymir sobreviveu do leite de Audhumla. Posteriormente, o lamber incessante da vaca deu origem a uma criatura do gelo, o deus Bor. Bor viria a ser o pai de várias outras divindades, mas nenhuma delas mais importante que Odin.
Odin tornou-se o soberano de todos os deuses nórdicos, além de personificar todo o conhecimento. Isso ele conseguiu negociando o seu olho direito com um gigante chamado Mime em troca do acesso às fontes da sabedoria. Mais tarde, quando Mime foi decapitado em batalha, Odin ungiu a cabeça de Mime com ervas e a revivificou, mantendo a cabeça decapitada ao seu lado como um inestimável conselheiro. Mesmo tendo gerado muitos filhos, foi a consumação de seu casamento com a deusa Frigg que gerou a maior diversidade de deuses, do majestoso e eloqüente Bragi (deus da poesia) até a mais poderosa dentre todas as divindades nórdicas: Tor, o deus do trovão.
Tor era destemido nas batalhas, tendo à sua disposição grande variedade de armamentos e um martelo extremamente poderoso chamado Mjolnir. Quando lançado, o Mjolnir sempre retornava a Tor, mas não sem antes encher os céus nórdicos com raios. Quando Thrym, rei de todos os gigantes da terra distante de Jotunheim, ouviu sobre o martelo, desejou tê-lo para si. Mas a vingança por ter roubado o martelo de Tor seria rápida e inclemente. Thrym pediu uma compensação para devolver o martelo, e em troca queria a deusa Freyja, mãe de Tor. Tor ficou colérico, mas Heimdall, guardião da Ponte do arco-íris e mantenedor dos sentidos mais aguçados de todos os deuses, tinha um plano: Tor deveria ir a Jotunheim, terra de gigantes, usando trajes femininos e convencer Thrym de que era Freyja. Em princípio Tor recusou-se, mas posteriormente vestiu-se com um dos mantos de Freyja e foi a Jotunheim. Quando Thrym, exultante, apresentou o martelo para negociar com quem ele pensava ser Freyja, Tor o movimentou tão poderosamente que o grande gigante foi morto em um só golpe. Nunca mais alguém teve tamanha ousadia com o poderoso Tor.
Apesar de ser inclemente na batalha, Tor era um guerreiro protetor, tendo herdado sua condição de guerreiro de Tyr - o deus mais heróico e benevolente dentre todas as divindades nórdicas. A cólera de Tor era terrível e absoluta, mas ela geralmente se voltava contra aqueles que ameaçassem a humanidade ou os deuses.
Contudo, Balder era, para Odin, um filho totalmente diferente de Tor. Equilibrado e gentil, Balder era considerado o deus da beleza e da sabedoria. Mas ele era assolado por pesadelos e temores de morte em tal intensidade que sua mãe, a deusa Frigg, pediu a todos os seres e a todas as criaturas vivas da terra que prometessem que nunca lhe fariam nenhum mal. Mas Frigg esqueceu de pedir ao visco, plantas aparentemente insignificantes, e essa foi a desgraça de Balder.
Conforme a história se desenrolava, o deus Loki construiu uma seta de visco e armou uma tramóia para que o próprio irmão de Balder (Hod, o deus cego da guerra) o matasse. Por isso Loki foi preso sob uma serpente gigante, que fazia gotejar veneno ácido no seu rosto. A dor era tão intensa que Loki se contorcia tanto que fazia a terra tremer, criando assim os terremotos. Nesse ínterim, Frigg pediu a Hel, filha de Loki e deusa do mundo inferior, que restaurasse a vida de Balder. Hel disse que, primeiro, todos os seres e criaturas da terra teriam de derramar lágrimas pela sua morte, do mesmo modo que Frigg havia pedido que eles o protegessem. Isso era certamente possível. Balder era um deus muito estimado - a deusa do inverno, Skadi, foi ludibriada e levada a realizar uma união infeliz com outro deus enquanto tentava se unir a Balder. Apesar de Balder ser muito querido, a declaração de Hel nunca chegou a se concretizar. Balder tivera um filho, Forseti, o deus da justiça. Das paredes ricamente decoradas do seu castelo de ouro e prata, Forseti resolvia todas as disputas e continuava a manter viva a lenda do seu amado pai, Balder.
Os deuses nórdicos estavam predestinados a ser destruídos no dia de Ragnarok, quando entrassem em combate contra seus inimigos, os gigantes.

Os Deuses Egípcios

Antes que existisse o ar, a terra ou mesmo o céu, havia somente água, turbulenta e borbulhante, da qual surgiu Rá, o primeiro deus. Rá transformou-se em um novo elemento no cosmo: o sol. Mas a carência de outra vida logo lhe pesou e, em comunhão com a sua própria sombra, gerou uma filha, Tefnut. Ela também era um novo elemento: a umidade. E Shu, o outro filho de Rá, tornou-se o ar. Por sua vez, eles também tiveram seus próprios descendentes, Geb e Nut (a terra e o céu). Logo foi estabelecida toda uma ordem cósmica. Contudo, essa ordem veio acompanhada de desafios não previstos. Assim, Rá viu-se forçado a travar batalhas diárias com a serpente Apep pelo controle da atmosfera. Contando com a ajuda da esposa e filha Bast (deusa dos gatos e da fertilidade), Rá lograva êxito na maioria das vezes. Mas nos dias em que Apep vencia, havia sempre tempestades e mau tempo.
Esse era tão somente o começo daquilo que Rá teria de enfrentar. Em certa ocasião, as frustrações de dominar uma população humana que se dava a queixas e rebeliões levaram Rá, em um acesso de ira, a arrancar um dos seus olhos e atirá-lo à terra. O olho transformou na deusa da vingança, chamada Sekhmet, uma força tão destrutiva contra a humanidade que Rá, cheio de remorso, teve de chamá-la de volta usando um estratagema. Rá ordenou aos seus vassalos que produzissem milhares de barris de cerveja. A cerveja seria misturada com suco de romã para parecer sangue das vítimas humanas de Sekhmet, sendo usada para inundar o campo ao redor de sua morada terrena. O intento teve êxito. Quando Sekhmet emergiu novamente para terminar de dizimar a humanidade, ela viu seu reflexo no lago vermelho repulsivo, enamorou-se dele e bebeu a mistura, caindo no sono, permanecendo inofensiva. O resultado foi tão bom que posteriormente ela desposou Ptah, o deus absoluto da criação. E mais tarde, ironicamente, ela se transformou em Hator, deusa do amor e da celebração.
A responsabilidade por todo o cosmo começava a minar a vitalidade de Rá. Como envelhecia, Rá buscou um substituto para suas obrigações de zelar pela terra. O substituto viria a ser seu neto, Osíris. Osíris, assim como Ísis, Set e Neftis, veio ao mundo em decorrência da união de Geb e Nut. Contudo, quando Rá passou o domínio do mundo às mãos de Osíris, ocorreu a primeira rivalidade entre irmãos na história do cosmo. E que rivalidade!
Osíris havia sido um ditador benevolente — sob seu comando os egípcios tornaram-se um povo civilizado. Mas seu irmão Set (o deus do caos e das tempestades) estava enciumado pelo presente concedido a Osíris e tramou para matá-lo. Ele construiu um baú primoroso, ofereceu uma festa e disse aos seus filhos que aquele que coubesse no baú poderia tê-lo para si. Mas ele havia construído o belo baú tendo em mente apenas Osíris. Quando Osíris entrou no baú, Set o selou e seus comparsas o deitaram no Nilo, na esperança de que nunca mais tornariam a vê-lo. Assim, Osíris fora o primeiro deus da história a morrer e tornou-se o primeiro deus do mundo inferior. Quando Neftis contou à sua irmã Ísis sobre o assassínio, Ísis mergulhou em profunda tristeza, pois Osíris era não só seu marido como também seu irmão. Ela encontrou o corpo e conseguiu ressuscitar Osíris e juntos tiveram um filho chamado Hórus. Mas Set não tardou em descobrir isso e, colérico, retalhou Osíris em 14 pedaços, espalhando as partes pelo Egito de modo que nem Ísis poderia juntá-los. Anúbis, o inventor do embalsamamento e filho de Osíris, realizou o funeral na grande pirâmide. Set passara a ser então o senhor do mundo e em virtude de sua inclinação ao caos e à violência, parecia que todas as boas obras de Osíris seriam desfeitas em breve. Comentava-se até mesmo que Set tramava usurpar o lugar de seu pai Rá.46
Em conseqüência disso, Rá e Hórus convocaram um grande exército para tomar o poderio de Set. Eles convocaram Tot, deus da sabedoria e da verdade, que transformou Hórus em um disco solar com um calor tão intenso que confundiu as tropas de Set, que se destruíram mutuamente. Mas o próprio Set não podia ser encontrado em lugar nenhum. Ele escondera-se a uma grande distância, onde estaria livre para criar outra força para derrotar Rá e Hórus. Mas não chegara a realizar seu intento. E, com a
posterior derrota, Hórus retalhou Set do mesmo modo como havia sido feito com seu pai. Assim, Hórus passou a comandar o mundo e abriu o precedente para os faraós que o sucederam.

sábado, 27 de outubro de 2007

Os Deuses Gregos


Gaia, ou a terra, era a primeira divindade da ordem cósmica grega, nascida do caos que reinava antes da vida. Ela deu à luz Urano (os céus) e juntos conceberam gigantes, cíclopes e titãs. Urano não estava satisfeito com seus rebentos monstruosos, trancafiando-os todos nas profundezas da terra. E, por causa disso, Gaia ficara desgostosa com Urano. Ela convocou o titã Cronos para atacar seu pai ingrato e tomar seu poder. Mas Cronos era um pai ainda menos tolerante que Urano e logo lhe foram infligidos os mesmos infortúnios pelo seu próprio filho Zeus. E com a ascensão de Zeus ao poder, inicia-se a era grega dos Olímpicos.
Por controlar todo o cosmo, Zeus decidiu dividir o espólio entre seus irmãos Posêidon e Hades. Decidiu-se que Zeus manteria seu título de soberano dos deuses, enquamyo que Posêidon tomaria posse dos mares. A Hades coube o controle do mundo inferior, o que o fez sentir-se preterido, mas apesar disso ali reinou, como uma divindade colérica e ciumenta.
Enquanto isso, o casamento de Zeus com Hera (a deusa do casamento e da comunidade) não ia bem. As várias ocupações dele a deixavam irada e enciumada como Hades, mas ela nunca enfrentou Zeus abertamente e, em vez disso, lançou suas frustrações contra outros inimigos.
Ainda assim o casal teve vários filhos. Zeus mostrava abertamente seu favoritismo por Atena, que se tornou a deusa da sabedoria e da guerra. Ao contrário de seu irmão Ares (o deus da batalha), Atena era sensata e benevolente, escolhendo suas batalhas para promover a civilização e o progresso. Para Ares, era irrelevante qual dos lados vencia uma batalha; ele queria somente derramamento intenso de sangue para satisfazer a sua natureza violenta. Ares chegou até mesmo a levar consigo para a batalha os seus filhos - Fobos (medo), Deimos (terror) e Ênio (horror). Mas Ares era covarde e fugia assim que as coisas se voltavam contra ele, chegando até mesmo a ser zombado publicamente por seu próprio irmão Hefesto.
Hefesto (deus da forja e dos ferreiros) surpreendeu Ares em um envolvimento amoroso com sua esposa. Mesmo tendo a fama de ser o mais feio entre as divindades, Hefesto conseguiu desposar Afrodite, a deusa absoluta do amor e da beleza. Mas ela raramente correspondia ao amor dele, preferindo o deus da guerra Ares a ele.
Entretanto, Zeus continuava a ter seus relacionamentos extraconjugais, de muitos dos quais nasceram filhos - os mais famosos foram Ártemis (deusa do arco e flecha) e Apolo. Deus da sabedoria, da verdade, da música, do sol e, entre outras coisas, da cura, Apolo acabou por ser um dos deuses mais respeitados do Olimpo. Um ato de benevolência durante a infância abriu o precedente para Apolo: uma serpente gigante chamada Píton guardava tenazmente o Oráculo de Delfos (um poço do qual brotavam profecias). A serpente arrasou a região rural vizinha, envenenando rios e poços, destruindo colheitas e demolindo aldeias inteiras. O jovem Apolo derrotou Píton e libertou o Oráculo.
Apesar de sua natureza bondosa, Apolo nem sempre era tratado com respeito, especialmente pelo seu meio-irmão Hermes. Como era veloz por causa das sandálias aladas, Hermes era o mensageiro de todos os deuses do Olimpo. Mas também era malvado — e mesmo quando ainda estava envolto nos cueiros, roubou gado de Apolo. Apolo ordenou o retorno das reses, mas acabou por cedê-las a Hermes em virtude da destreza daquele com a lira. Assim, Hermes tornou-se o deus da música.
Zeus não restringia seus casos extraconjugais às deusas - também o atraíam as mulheres mortais. Uma dessas mortais era Semele, a quem Zeus “visitou” durante a noite como uma presença divina. Semele não sabia quem era o pai, mas estava feliz em ter sido possuída por uma divindade e de ter dado a luz a Dionísio, deus do vinho e da celebração. Naturalmente, isso incomodou Hera, cujos ciúmes pelas relações extraconjugais de Zeus nunca haviam diminuído. Ela convenceu Semele a revelar quem era o pai, mesmo sabendo que nenhuma mulher mortal poderia sobreviver a um encontro com Zeus em que o visse como pessoa, e assim Semele morreu. Mas Hera ainda não estava satisfeita e assassinou também Dionísio. Rea o ressuscitou e Zeus foi forçado a encolerizar Hera ainda mais estendendo a proteção divina de Dionísio.